Cata Vento

O CATA-VENTO E OUTRAS AÇÕES DO VENTO...

Resumo

Ao propor o manuseio do brinquedo cata-vento com crianças de 3 a 4 anos, foi questionado o motivo pelo qual esse objeto se movia sem ajuda de nossos corpos.

O trabalho teve por objetivo desenvolver a argumentação, a ampliação do vocabulário e estimular o pensamento e as ações a fim de descobrirem respostas para a atuação

do vento, em algumas situações vivenciadas em nosso cotidiano.

O desenvolvimento se deu a partir das brincadeiras com o cata-vento, observações do tempo, através manuseio de diferentes materiais, brincadeiras com barcos de papel,

e na relação entre a turma para troca de conhecimentos, levantamento de hipóteses e conclusões sobre a ação do vento.

Conclusão

A dinâmica do trabalho foi fundamentada em muitas observações, reflexões, manuseio de materiais e elaboração de hipóteses acerca do vento e suas ações.

Através da brincadeira com o cata-vento, as crianças do projeto integral do Centro Municipal de

Educação Infantil Santo Piccin de 3 a 4 anos de idade, ampliaram questionamentos científicos importantes, além de favorecer o desenvolvimento motor, tão importante

nessa fase da infância.

Com isso os alunos se envolveram nas atividades e de forma lúdica puderam tirar conclusões

interessantes, desenvolver a socialização, a capacidade de argumentação e atenção.

Desenvolvimento

1. No primeiro momento as professoras disseram que entregariam aos alunos um presente. Não dissemos o nome do brinquedo, e nem como funcionava.

Os alunos demonstraram-se muito curiosos e ao verem o objeto ficaram felizes e surpresos.

Saímos no pátio da escola para explorar o brinquedo, e foi uma diversão só. Até as crianças

menores logo perceberam a ação do ar e do seu movimento para fazer o cata-vento girar. Andamos

rápido e depois corremos. À medida que brincávamos íamos questionando os alunos sobre o que acontecia para que o brinquedo girasse.

Surgiram várias respostas até que disseram que era o vento. Chamamos a atenção deles para outras ações do vento, como o movimento das toalhas estendidas no varal da escola e o balanço em nossos cabelos.

2. Dentro da sala de aula ligamos o ventilador e imediatamente os alunos se dirigiram para debaixo dele.

Perceberam logo como o brinquedo girava ainda mais rápido, e questionamos sobre o que era aquele aparelho e para que servia. Chegaram à conclusão que também “fazia vento e era ligado quando estava calor”.

3. Observaram os cata-ventos sobre a mesa, enquanto discutíamos se o movimento deles era o mesmo quando o ventilador funcionava de forma mais lenta, ou de forma mais acelerada, e porque isso ocorre.

“... eles giram bem pouquinho, porque tem pouco vento.”

4. Aproveitando o dia com bastante vento, brincamos com vários materiais a fim de que cada um pudesse criar o barulho do vento.

Cada criança em um momento recebeu um pedaço de tecido fino, depois mais grosso, papéis com texturas variadas, como seda, celofane e plásticos de diferentes espessuras.

Foi muito interessante a atividade, pois todos conseguiram reproduzir os sons do vento, com mais ou menos intensidade.

5. Trabalhamos com as cores verde, amarelo e azul e confeccionamos três barcos de papel. Colocados um a um em um recipiente com água, desafiamos as crianças

a observarem o movimento. Também desafiamos a descobrirem uma maneira de fazer os barquinhos se moverem sem por as mãos neles.

Pensaram um pouco e logo alguém respondeu fazendo o gesto de soprar.

Em seguida os demais fizeram com a boca a expulsão do ar que permitiu o

movimento do brinquedo.

Resultados

Percebemos que o grupo compreendeu, ainda

que de modo simples, a ação do vento e do ar em

movimento; como agente que proporciona o movimento

de brinquedos e elementos da natureza, como as folhas

e árvores da escola.

Além disso, puderam fazer algumas associações

com outros elementos não mencionados; como o balão,

desenhado e comentado por uma aluna. Também com

a história dos “Três Porquinhos”, já conhecida, onde o

vento é causador de destruição.

Sem dúvida que o projeto proporcionou aumento

de vocabulário, argumentação e conclusões.

CEMEI Santo Piccin

Cláudia Helena Paulino Bogas

Samaira Bruna Nogueira Rodrigues